Mais um post nessa segunda-feira, algo mais rapidinho então. Hoje em dia em questão de videogames, é tudo tão artificial, muito embora a realidade dos gráficos estejam excelentes e enredos elaborados tão meticulosamente que os jogos chegam a parecer filmes. Mas na minha opinião, muita modernidade nesse quesito tira boa parte daquela velha emoção de ligar o console e perder algumas agradáveis horas de folga. Na verdade tudo começou a "dar errado" quando os bons e velhos cartuchos foram substituídos por CD's, DVD's e BlueRay's.
Cara, veja só como era ali nos anos 80 e boa parte dos anos 90: aquela ansiedade de comprar/ganhar um console e adquirir cartuchos de jogos. Isso era sensacional. Eu mesmo iniciei minha jornada gamística com o Atari 2600. Meu tio possuía (ou ainda possui, não sei) o console e diversos cartuchos. Eram tão bonitinhos de se ver, vinham em caixinhas estilosas, com manual e fotos, uma beleza de admirar. Tamanha era a emoção quando meu tio falava "venha aqui em casa que vou instalar o videogame na TV", cara, eu perdi alguns sábados e domingos, isso quando eu não ficava dormindo na casa da minha avó - que morava no mesmo terreno de meu tio - e jogava aqueles games até tarde da noite. Até dizer chega, como dizem. Hehehe...
Anos depois, meu pai comprou um Dactar, que na verdade era um clone brasileiro do Atari, porém mais bonitão em relação ao visual, tendo botões amarelos inclusive nos joysticks. Lembro que veio um cartucho com 4 jogos, tudo de esporte. Tinha futebol, basquete, golfe e o último esqueci. Hahahaha, também, depois de quase 40 anos a memória não é como antes. Aliás, esse lance de cartuchos que continham 4 games é uma coisa aqui do Brasil, que não satisfeito em clonar o Atari ainda por cima descobriram uma maneira de inserir mais jogos em apenas um chip. Brasileiro é brasileiro né, definitivamente precisa ser estudado. Voltando ao cartucho: a mecânica de escolha dos games era realizada através de duas pequenas chaves na frente do cartucho, em uma combinação de 4 ações: esquerda/esquerda, direita/direita/ esquerda/direita e direita/esquerda. Para quem não conhece, vai aí uma imagem que achei na internet. O cartucho e a caixinha, não tão bem elaborada como as originais da Atari:
As chavinhas estão ali na parte superior. Era necessário desligar o console para alterar o posicionamento das chaves, senão dava pau. Inclusive esse cartucho aí de cima possui o game "Turmoil", que até hoje eu considero um dos melhores games de Atari/Dactar que já lançaram. O pessoal fala demais de River Raid, mas eo Turmoil apavorava mesmo, era ação desenfreada, mecânica rápida e que só aumentava a velocidade conforme o jogador avançava de fases. Inclusive, como todos os games de Atari, nunca tinha um "final". Eu soube que existe sim um game de Atari que possui uma tela de final, pelo menos era o que a galera da escola falava, mas não dá pra depositar muita confiança em um bando de moleque de 8 ou 9 anos né. Chegaram a me falar certa vez que existia um game de Atari que possuía voz digitalizada. Hehehe...
De qualquer maneira, o Dactar fez muito sucesso aqui no Brasil, hoje em dia chega a ser item de colecionador, assim como os consoles da Atari propriamente ditos.
Senhores: eis o famoso Atari 2600:
Essas caixinhas fizeram a alegria de muitas crianças nascidas nos anos 80 e 90, assim como a grande maioria de seus pais. Bate aquela nostalgia boa e vontade de, nem que fosse só por um momento, voltar no tempo. E graças aos emuladores hoje em dia, podemos desfrutar de toda a biblioteca de games desse console, que não são poucos! Escrevi anteriormente que acho o Dactar mais bonito que o Atari. Porém, analisando as imagens agora, não dá pra negar que o Atari tenha todo o seu charme. Sem dúvida era um console bonitão!
Por falar em clones de consoles aqui no Brasil, farei futuramente um post sobre o Hi-Top Game, que era fabricado pela Milmar na Amazônia, Zona Franca de Manaus. Esse era um clone do Nintendo de 8 bits, ou o nosso querido "Nintendinho". Mas é um assunto para outra hora.
Fico por aqui. Busquem conhecimento! Fui!


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